Usar o celular enquanto caminha, seja para realizar chamadas ou digitar mensagens de texto, prejudica a atenção dos pedestres e aumenta os riscos durante as travessias, devido à distração. 📱🚶🏻♀️
Você já refletiu sobre como usar o celular enquanto caminha pode afetar sua segurança? Uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) traz informações cruciais sobre esse hábito.
Os resultados
Resultados preliminares foram divulgados em periódicos nacionais e internacionais, conforme relatado pelo coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Saúde Integrada, Gustavo Christofoletti. Constatou-se que o uso de celular afeta na marcha dos pedestres e aumenta os riscos em travessias devido à distração. Assim como causa erros de decisão, redução na velocidade e dificuldades na elaboração das mensagens, de acordo com o pesquisador.
“O uso do celular, da forma como está, tende a trazer muitos problemas para a saúde, acidentes, gastos públicos. As pesquisas na área são muito importantes por promover a discussão sobre o problema que acontece no mundo todo. Por isso, são necessárias políticas públicas e promover a discussão em universidades e escolas. A sociedade precisa buscar formas de harmonizar de maneira saudável o uso de celular”, ressalta.
Participaram do estudo 100 voluntários com idades e condições físicas variadas. Eles se dividiram em vários grupos: caminhada com ou sem o celular; ambientes controlados e em ruas públicas; com a presença de obstáculos, irregularidades de calçadas e outras situações reais.
“Nosso intuito é também alertar sobre o risco para o equilíbrio de fazer tarefas duplas. A pessoa negligencia o que está ao seu redor quando está digitando, ouvindo áudio ou música porque essas tarefas inibem a ação primária de caminhar. Isso afeta a capacidade do pedestre de atravessar uma rua com segurança, de olhar para os lados e, ao não prestar atenção, há maior chance de se envolver com acidentes, de necessitar de cuidados médicos”, aponta o coordenador.
O professor Gustavo também destacou a importância de avaliar quais fatores estão mais relacionados ao desequilíbrio de dupla tarefa. Como sexo, nível de escolaridade, idade, presença de doenças e afecções neurológicas, como a doença de Parkinson.
Os equipamentos
Conforme explicou o pesquisador, eles utilizaram equipamentos de ponta para analisar movimentos, incluindo o Baiobit. De origem italiana, que verifica a angulação e deslocamento, com análise da marcha por meio de sensores de movimentos.
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Parte da investigação utilizou o baropodômetro. Equipamento que permite analisar a pressão plantar e a forma como ocorre a descarga do peso no pé de indivíduos parados ou andando, com ou sem o celular.
Promover a conscientização sobre os riscos associados ao uso do celular enquanto caminha e incentivar a adoção de comportamentos mais seguros é crucial. Embora os smartphones tenham se tornado uma parte indispensável de nossas vidas, é essencial lembrar-se da importância de manter a atenção no ambiente ao nosso redor. Especialmente durante atividades como atravessar ruas ou áreas movimentadas.
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