Todos nós sabemos que, conforme vamos envelhecendo, acontece uma perda gradual da capacidade de adaptação ao meio ambiente. Diversas transformações dinâmicas e progressivas nos aspectos estrutural, funcional, metabólico, social e psicológico, vão deixando as pessoas mais vulneráveis à incidência de processos patológicos que poderão causar à morte.
Sendo o envelhecimento um processo, essas alterações ocorrem de forma gradual e diferente entre cada pessoa. Prontamente, o ritmo das funções orgânicas vão diminuindo, variando de um órgão para outro, bem como entre pessoas da mesma idade.
Os especialistas afirmam que tal ação é característica de todos os indivíduos. Ou seja, com o passar dos anos, a capacidade funcional humana de reserva decresce, consequentemente, as funções corporais perdem em funcionalidade, aumentando a suscetibilidade do idoso às doenças. Entretanto, o envelhecimento biológico não acontece necessariamente em paralelo à idade cronológica, evidenciando, deste modo, considerável variação de indivíduo para indivíduo.
Talvez isso não seja novidade para você, mas é certo que não é só cruzar os braços e deixar que a idade chegue sem que façamos nada. O avanço tecnológico ajudou muito para que a expectativa de vida aumentasse.
Em 1940, uma pessoa com 50 anos tinha apenas mais 19 anos de expectativa de vida. Em 2019, um indivíduo com 50 anos tem pela frente mais 30 anos.
Vamos entender um pouco mais sobre a perda do equilíbrio corporal.
Testes de equilíbrio para idosos e a perda do equilíbrio corporal
Um dos fatores intrínsecos ao processo de envelhecimento consiste na redução da capacidade em manter o equilíbrio corporal. Até mesmo, para que a gente consiga se manter ativo, é necessário que nosso equilíbrio esteja em dia. A falta de força muscular dificulta muito ao idoso manter uma postura corporal que o favoreça, além de uma carência de respostas musculares.
Um estudo realizado comprovou que a qualidade do controle postural em homens começa a cair a partir dos 50 anos. Depois dessa idade há uma diminuição na habilidade de equilibrar o peso do corpo. Ou seja, se ainda vamos viver 30 anos a partir dos 50, é preciso que façamos algo para manter a qualidade do equilíbrio e, por consequência, todas as funções a partir dele.
Só nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 3.178 casos de internações de idosos por quedas; no mesmo período de 2021 foram 2.717. Toda queda com graves consequências consiste em experiência nociva de vida, assim, a pessoa idosa considerada independente, ao experimentar uma situação de queda que tenha resultado em alguma fratura, pode se tornar dependente de algum acompanhante, podendo facilmente entrar em um círculo vicioso de dependência.
Por isso, a importância de manter o corpo ativo, a redução da incidência de quedas e lesões está diretamente relacionada com a manutenção da força muscular e a capacidade do controle da postura corporal.
Uma medida de prevenção a todas essas transformações é a atividade física, a qual proporciona maior fluxo sanguíneo, diminuição do percentual de gordura e da pressão arterial, manutenção da densidade óssea, aumento da força muscular, além de contribuir para a melhora da flexibilidade e da postura corporal. Tal prática melhora a adaptação às alterações causadas pelo envelhecimento, melhorando assim a qualidade de vida da pessoa.
Segundo Gu et al. “programas compostos por exercícios de força e equilíbrio, executados por pelo menos 12 semanas, com três sessões semanais, resultam na melhora do equilíbrio (estático e dinâmico) e da força muscular, contribuindo à redução de quedas. Os benefícios da prática de exercícios físicos para o equilíbrio corporal, bem como a descrição de testes que avaliem esta capacidade, foram apresentados em uma revisão sistemática (20). Varela et al. (31) descreveram e compararam um número considerável de testes, especialmente aqueles direcionados aos idosos, concluindo que apesar dos mesmos apresentarem aspectos referentes ao equilíbrio, há o predomínio da análise de tarefas isoladas, não possibilitando uma avaliação específica dos fatores diretamente responsáveis pela capacidade do controle da postura corporal.
Mas como medir a perda de equilíbrio corporal?
TEC – Teste de Equilíbrio Corporal
Existem diversos testes de equilíbrio corporal, entre eles estão: a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), o Teste de Alcance Funcional Anterior (TAF), o teste “timed up and go” (TUG) e o Teste de Equilíbrio de Tinetti (performance oriented mobility assessment — POMA).
Existe ainda um teste que parece avaliar de forma mais eficaz o equilíbrio corporal que é, o “GGT” (Gleichgewichtstest) de Bös, que em português significa “Teste de Equilíbrio”. Em trabalho recente, aplicaram o “GGT” junto a uma população de idosos independentes com idade entre 65-74 anos, o objetivo do estudo consistiu em avaliar os efeitos de um programa de exercícios do método Pilates para o incremento do equilíbrio corporal. Nessa investigação, as normas descritas originalmente (2, 34) para diferentes faixas etárias até a 6ª década foram interpoladas para idades mais avançadas, permitindo identificar as qualidades do equilíbrio corporal até a 7ª ou 8ª década da vida.
Como realizar um teste de equilíbrio corporal?
A boa notícia é que a tecnologia já é capaz de te ajudar com testes de equilíbrio eficazes, com relatórios visuais para apresentar para o seu paciente. O Cristian Zaniboni, CEO da Kinetec Tecnologias Biomecânicas deu uma aula de como realizar testes de equilíbrio com tecnologias biomecânicas e essa aula está disponível para você gratuitamente. Para assistir, é só clicar aqui neste link.