O teste de 6 minutos avalia a distância máxima percorrida em 6 minutos. Tal teste está ganhando popularidade por avaliar a capacidade funcional dos pacientes com diferentes patologias, sendo considerado simples, seguro, válido, barato e não invasivo (DANIEL e BATTISTELA, 2014). A avaliação é barata e tem grande aplicabilidade, pois pode ser realizado por praticamente todos os pacientes (MORALES-BLANHIR et al., 2011), sendo amplamente utilizado em diferentes populações, de crianças (MARTINS et al., 2014) a idosos (ANDRADE et al, 2015), ou mesmo em condições patológicas (MORALES-BLANHIR et al., 2011).
É uma avaliação simples, cujos resultados podem, inclusive, ser relacionados com a capacidade cardiorrespiratória do aluno/paciente (MORALES-BLANHIR et al., 2011). Esses resultados são do interesse de diferentes profissionais da área da saúde e permitem uma comparação simples e objetiva entre diferentes momentos do tratamento do paciente, demonstrando tanto a evolução do tratamento, quanto dos sintomas de alguma doença.
Como qualquer teste físico, além da comparação do paciente em diferentes momentos, é interessante a comparação com valores normativos da população. Até o momento, apenas dois estudos propõe interpretações para a população Brasileira, as quais, ainda que validadas, não são representativas da variabilidade territorial do país, necessitando de validação também em outras regiões do Brasil (DOURADO, 2011). Essas dificuldades na análise dos resultados obtidos podem ser facilmente contornadas com o uso, por exemplo, de um acelerômetro, o qual fornece diversas informações complementares que, além de tudo tornam a avaliação diferenciada e mais robusta frente ao exposto.
Sendo assim, o teste de 6 minutos é rápido, fácil e possui um baixo custo, fornecendo informações referentes às mais diversas populações. Como sua interpretação com valores populacionais não é amplamente aceita pela literatura, essa análise deve ser feita com cautela, ou com o uso de instrumentos que apresentem outras informações a respeito da deambulação dos pacientes, como por exemplo, um acelerômetro, que não acrescenta tempo significativo para a realização do teste, nem mesmo complexidade à sua execução/interpretação.
Texto por: Me. Catiane Souza
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2788554094463654
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, T. M. D., ALVES, E. L. M., FIGUEIREDO, M. D. L. F., BATISTA, M. E. M., & ALVES, C. M. S. Avaliação da capacidade funcional de idosos por meio do teste de caminhada de seis minutos. Rev. pesqui. cuid. fundam.(Online), v. 7, n. 1, p. 2042-2050, 2015.
DANIEL, C. R.; BATTISTELLA, L. R. Uso do teste de caminhada de seis minutos para avaliar a capacidade de deambulação em pacientes com acidente vascular cerebral. Revista Acta Fisiátrica, v. 21, n. 4, p. 195-200, 2014.
DOURADO, V. Z. Equações de referência para o teste de caminhada de seis minutos em indivíduos saudáveis. Arq Bras Cardiol, v. 96, n. 6, p. 128-38, 2011.
MARTINS, R., GONÇALVES, R. M., MAYER, A. F., & SCHIVINSKI, C. I. S. Confiabilidade e reprodutibilidade do teste de caminhada de seis minutos em crianças saudáveis. Fisiot. Pesq., v. 21, n. 3, p. 279-284, 2014.
MORALES-BLANHIR, J. E., VIDAL, C. D. P., ROMERO, M. D. J. R., CASTRO, M. M. G., VILLEGAS, A. L., ZAMBONI, M. Teste de caminhada de seis minutos: uma ferramenta valiosa na avaliação do comprometimento pulmonar. J. Bras. Pneum., v. 37, n. 1, p. 110-117, 2011.