Ana Kleiner, conta que ela prioriza abordagens mais ecológicas. Dessa forma, quando realiza pesquisas, tenta deixar o paciente o mais livre possível para a realização da marcha, por exemplo.
A Doutora explica que queria investigar como as pessoas andam em diferentes superfícies, pois geralmente, na transição entre diferentes superfícies, os idosos têm a tendência de cair.
Em relação a isso, Ana Kleiner afirmou que, após a leitura de muitos artigos, ela descobriu que existia uma medida utilizada só com a plataforma de força, sobre a força de reação do solo.
Assim, para obter essa medida deve-se pegar as forças de ação do solo tangenciais, anteroposterior e lateral, e dividir pela força de ação do solo vertical. Porém, quando essas forças tangenciais extrapolam as forças verticais, significa que existe um maior atrito, sendo assim, haverá um risco maior de queda naquela fase de apoio.
Ana Kleiner ressaltou que acha essa variável muito interessante e muito simples de aplicar. E, com esse estudo ela confirmou que as curvas observadas caracterizam o pico de andar dos pacientes e o pico de atrito, que geralmente é no momento do contato inicial.
Após investigar isso em pacientes com Parkinson, Parkinson com freezing, esclerose múltipla, AVC, diplégicos e hemiplégicos, foi possível observar que nos diplégicos as curvas caracterizam o padrão de andar dos pacientes, e quando há um pico maior e uma distância maior, essa é a fase mais crítica da marcha e, muitas vezes, pode resultar em quedas.
Ana Kleiner finaliza contando que após essa pesquisa, eles concluíram que esse atrito pode ser reduzido se o profissional fizer alguma intervenção nos pacientes.