Conforme o Dr Eduardo Ávila, em relação ao pé e ao tornozelo, as lesões consideradas mais frequentes são a fascite plantar, a tendinopatia do aquiles, as metatarsalgias e fraturas de estresses, que podem ser de tíbia, de metatarso, calcâneo, dinia vincular, entre outras.
Pensando em atletas, como por exemplo no praticante de corrida, nota-se que muitos deles convivem com a dor, ou com problemas durante a corrida.
Porém, independente das lesões principais, é necessário levar em consideração que cada caso é um caso, portanto isso depende muito de pessoa para pessoa. Dessa forma, é difícil saber até que ponto a dor pode ser considerada tolerável e até que ponto devemos ir ao médico.
Por exemplo, se uma dor é sentida durante uma atividade e ela melhora 48h depois, provavelmente ela não seja a dor de uma lesão. Sendo assim, ela pode ser considerada um pródromo de uma lesão, ou seja, ainda não é um problema que está estabelecido.
No entanto, no momento que o esportista sente dor durante a prática de esporte ou depois, e isso persiste após dias, recomenda-se que ele vá ao médico para ser diagnosticado. Mas é muito comum ver atletas que demoram em torno de 10, 15 dias para melhorar, sem praticar atividade, e quando eles voltam a praticar a dor e a lesão aumentam.
Algumas situações, como por exemplo, fraturas por estresse, podem levar até meses para melhorar. Já, outros casos como fascite plantar, e metatarsalgia levam muito tempo até se tornar um fator crônico. Muitas vezes, pode-se atuar de forma preventiva para impedir que a lesão evolua.
Segundo Eduardo, no ponto de vista prático, se a dor ocorre no momento da prática e depois melhora, deve-se observar com atenção para ter certeza de que ela não vai piorar com o tempo, ou se irá se manter sempre igual.
Ainda, o grau de tolerância à dor varia muito de uma pessoa para outra. Por exemplo, é muito comum ver atletas de alta performance com maior tolerância a dor e ao sofrimento em relação à atletas com menos experiência. Podendo, muitas vezes, ter relação com o desempenho e o resultado de uma prova, por exemplo, pois podemos levar como base a capacidade de tolerar o sofrimento.
Por isso, essa questão é bem variável. No entanto, é possível perceber que no geral, as pessoas acabam demorando demais para tratar as suas lesões. Às vezes, até por uma questão cultural acabamos achando que é normal conviver com a dor quando se faz atividade física, mas não, isso não deve ser entendido como algo comum.
Conforme o Dr. Eduardo, é difícil para uma pessoa que não é da área diferenciar uma dor comum e natural, de uma dor que pode ser causada por uma lesão. Portanto, na dúvida, o melhor a se fazer é procurar um profissional.