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Na live com o Marco Antônio Figueiredo, atuante no laboratório de marcha da Fundação José Silveira, e com o Guilherme Brodt, foi possível extrair diversas informações valiosas em relação a uma análise de paciente pós COVID. 

Apresentação do caso:

– Homem de 54 anos.

– Iniciou em abril de 2020 com desconforto respiratório, evoluindo para insuficiência e hipoxemia, diagnosticado com COVID-19.

– 15 dias entubado.

– 95 dias internado.

– Escara sacral / 5 infecções / TVP bilateral.

– Em agosto de 2020 teve alta hospitalar.

– Iniciou reabilitação domiciliar 2x/semana.

– Novembro de 2020 teve avaliação na instituição.

– Diagnóstico: Polineuropatia do Paciente Crítico.

O laboratório no qual o paciente foi avaliado possui 8 câmeras infravermelho para fazer a análise dos marcadores reflexivos dos pacientes, duas câmeras de vídeo clínico para análise da caminhada, 4 plataformas de força e 8 pontos de avaliação eletromiográfica. Além disso, possui um acelerômetro G Walk. Essas informações destacam a enorme importância de tratar um paciente desses com tecnologia.

Existem situações que são fáceis de enxergar no vídeo clínico, mas a grande vantagem da tecnologia é que existem diversos detalhes que não é possível conseguir enxergar no vídeo. Essa capacidade só o equipamento consegue trazer para você, e isso faz toda a diferença.

A perna direita do paciente ficou extremamente limitada. Além disso, ele não consegue mais fazer extensão de quadril durante a marcha. O paciente tem mobilidade, mas não consegue realizar a ativação do músculo, fazendo uso de padrão primitivo. Também é importante destacar que está andando a menos de 20% da velocidade que ele deveria apresentar. Ou seja, está com muita falta de força e amplitude de movimento. É importante ressaltar que o COVID também pode afetar a coordenação.

Segue abaixo alguns indicadores adquiridos por meio da tecnologia de análise avançada que o laboratório possui:

Right Limb – membro direito.

Left limb – membro esquerdo.

Normal values – valores normais.

Stance Time – tempo em apoio.

Swing time – tempo em balanço.

Mais tempo em apoio = menos tempo em balanço.

O Plano Sagital consiste em flexão, extensão, inclinação para frente, etc. A normalidade se encontra na nuvem cinza.

O joelho está rígido. Possui uma estratégia de caminhada pouco econômica, provavelmente causada pelas limitações de amplitude.

Está acontecendo muito tarde e muito devagar, quando deveria estar acontecendo rápido. Além disso, o pé está sem força suficiente para levantar durante o balanço.

Eletromiografia do paciente:

Eletromiografia normal:

As nuvens são o desvio padrão do paciente.

Normalidade: linha escura.

Sinal eletromiográfia bruto do paciente:

As linhas estão bem espessas, ou seja possuí marcha muito inconsistente.

Os sinais são residuais, a ponto da normalidade estar tapando o sinal. Isso é inadmissível.

Além da força, o paciente perdeu capacidade de recrutamento; sinais que deveriam estar chegando não chegam. 

Sinal bruto de paciente saudável: