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Um Papel Decisivo para o Futuro da Saúde


A queda é um evento comum, mas não por isso menos perigoso, especialmente para adultos e idosos. O Brasil, assim como muitos outros países, vive uma transição demográfica em que a população idosa cresce a cada ano. Com esse aumento, a incidência de problemas neurológicos e, consequentemente, o risco de quedas também se eleva.

Mas a pergunta que fica é: estamos preparados para lidar com esse cenário?

A resposta está em uma abordagem proativa e especializada. Nesse contexto, a fisioterapia neurofuncional tem se mostrado uma aliada poderosa na prevenção de quedas. Ela oferece não apenas tratamento, mas também um verdadeiro mapa para uma vida mais segura e com mais qualidade.

 

O Impacto das Quedas no Brasil: Uma Perspectiva Inesperada

Você sabia que, segundo dados do SUS, entre 2000 e 2020 o Brasil registrou mais de 1,7 milhão de internações por quedas? Esse número alarmante reflete um problema de saúde pública que gera um custo bilionário anualmente.

Mais do que uma estatística, cada internação representa uma vida impactada, uma família em sofrimento e a perda de autonomia. Por isso, investir em prevenção não é apenas uma opção, mas sim uma necessidade urgente.

Podemos comparar a prevenção com a construção de um edifício: quando a base é sólida, evitamos o desmoronamento e garantimos estabilidade a longo prazo.

 

Fisioterapia Neurofuncional: A Ciência a Serviço da Prevenção

A fisioterapia neurofuncional foca no cuidado de indivíduos com alterações no sistema nervoso central e periférico. Condições como a Doença de Parkinson, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a esclerose múltipla são exemplos em que a atuação fisioterapêutica é fundamental.

O grande diferencial dessa área é a capacidade de avaliar e tratar as disfunções motoras, que muitas vezes estão na raiz do problema. Não basta apenas tratar a queda; é necessário compreender a sua causa.

Para isso, a avaliação quantitativa é essencial. O uso de ferramentas tecnológicas, como sensores inerciais (exemplo: Baiobit), permite mensurar com precisão parâmetros como velocidade da marcha, equilíbrio e risco de queda. Assim, dados brutos se transformam em informações valiosas para um tratamento assertivo.

 

Um Exemplo Inspirador da Vida Real

Um caso recente ilustra bem a eficácia dessa abordagem. Um paciente de 79 anos, com Doença de Parkinson, buscava melhorar sua marcha. Após um protocolo de fisioterapia neurofuncional aliado à neuromodulação, os resultados foram surpreendentes.

Na avaliação inicial, o tempo no teste Timed Up and Go (TUG) era de quase 19 segundos, o que indicava alto risco de queda. Depois do tratamento, o tempo caiu para pouco mais de 9 segundos, entrando na faixa de normalidade.

Esses números são impressionantes, mas a maior conquista foi prática: o paciente voltou a caminhar com autonomia, inclusive em um dia chuvoso na Avenida Paulista. Em outras palavras, deixou de ser apenas uma estatística para se tornar uma história de sucesso.

 

A Importância da Avaliação Biomecânica

A análise biomecânica da marcha e do equilíbrio é o primeiro passo para um tratamento eficaz. Em clínicas especializadas, essa avaliação é a base para desenvolver um plano de tratamento personalizado.

Por meio dela, é possível identificar de forma precisa as dificuldades do paciente e acompanhar a sua evolução com dados objetivos. Assim, diagnóstico e acompanhamento deixam de ser subjetivos e passam a ser embasados em evidências concretas.

Essa precisão, quando aliada à experiência do fisioterapeuta, resulta em um tratamento mais rápido, seguro e eficiente.

 

O Renascimento da Biomecânica

Vivemos hoje um verdadeiro renascimento da biomecânica. A inteligência artificial desempenha um papel central nessa transformação, tornando a interpretação de dados cada vez mais prática e acessível.

Ferramentas como a Cybilla, por exemplo, são capazes de analisar dados complexos e gerar laudos inteligentes em poucos segundos. Isso facilita o trabalho do profissional e garante diagnósticos mais precisos e relatórios mais completos.

Esse avanço não apenas aprimora os resultados da reabilitação, mas também eleva o padrão de cuidado que oferecemos aos pacientes.

 

Conclusão

A prevenção de quedas, especialmente entre idosos, precisa ser tratada como prioridade em saúde pública. A fisioterapia neurofuncional, quando associada à biomecânica e à inteligência artificial, se mostra decisiva para reduzir riscos, devolver autonomia e melhorar a qualidade de vida.

Portanto, investir nessa abordagem não é apenas cuidar do presente, mas preparar o futuro da saúde com mais segurança, eficiência e humanidade.