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Uma pesquisa recente, publicada na renomada revista Lancet Healthy Longevity, revelou um comportamento que pode ser um indicador de envelhecimento cerebral acelerado ou condições neurodegenerativas. Surpreendentemente, esse sinal pode ser observado durante uma caminhada.

Os cientistas destacam que a dificuldade de caminhar enquanto realiza outra tarefa, como falar, pode ser um prenúncio de problemas cognitivos no futuro. Isso fornece informações valiosas sobre a possibilidade de usar avaliações de caminhada como um indicador da saúde geral do cérebro.

No estudo, realizado com 996 participantes entre as idades de 40 e 64 anos, 640 pessoas foram submetidas a avaliações cognitivas e de marcha. Os resultados mostraram que, enquanto a capacidade de caminhar em condições normais e silenciosas permanecia relativamente estável nessa faixa etária, a realização de uma tarefa adicional durante a caminhada revelava mudanças sutis, mas importantes, na marcha.

Os pesquisadores explicaram que a caminhada em dupla tarefa, na qual os participantes tinham que caminhar e realizar simultaneamente uma tarefa aritmética mental, adicionava estresse ao sistema de controle motor.

Isso ocorre porque as duas tarefas competem por recursos compartilhados no cérebro. Como resultado, os participantes apresentaram alterações na marcha, como passos mais curtos, menor velocidade e maior variabilidade na cadência.

 

 

Indicadores de saúde cerebral:

A associação entre mudanças na marcha durante a dupla tarefa e pior desempenho nos testes cognitivos, sugere que esse comportamento pode ser um sinal precoce de alerta para o envelhecimento cerebral acelerado ou condições neurodegenerativas. Os resultados da pesquisa enfatizam que a dificuldade de andar e falar ao mesmo tempo pode ser um indicador de problemas de cognição futuros.

Essas descobertas têm implicações significativas para a saúde cerebral e a detecção precoce de doenças neurodegenerativas. Identificar marcadores comportamentais, como mudanças na marcha durante tarefas duplas, pode ajudar a identificar indivíduos em risco de desenvolver problemas cognitivos.

Além disso, essa abordagem não invasiva e acessível pode ser usada em clínicas e até mesmo em casa, como uma forma de monitorar a saúde cerebral ao longo do tempo.

 

 

O que podemos concluir com isso?

A pesquisa destaca a importância de prestar atenção não apenas à função física, mas também às habilidades cognitivas durante a caminhada. Observar o desempenho em tarefas duplas pode fornecer informações valiosas sobre a saúde cerebral e ajudar na detecção precoce de problemas cognitivos.

No futuro, esse método simples e não invasivo pode ser amplamente utilizado para identificar indivíduos em risco, e implementar intervenções precoces para preservar a saúde cerebral.

Uma ótima opção para avaliar a caminhada do paciente é realizando uma avaliação da marcha, utilizando o sensor inercial baiobit. O sensor inercial registra os movimentos tridimensionais do corpo durante a caminhada, permitindo uma avaliação objetiva e quantitativa. Ele captura informações sobre a cadência, comprimento do passo, velocidade, tempo de contato com o solo, entre outros parâmetros.

 

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