Segundo a fisioterapeuta Priscilla Bispo, um objetivo importante na fisioterapia é trazer aspectos psicossociais para entender a parte biomecânica.
Então, para ter formas de coletar melhor as informações e compreender os aspectos fisiológicos e biomecânicos dos pacientes, a Priscilla tem se inserido nesse meio para compreendê-lo melhor, porque na literatura, relação de avaliações funcionais, nos pacientes mais crônicos, são informações ainda pouco difundidas.
Mas então como juntar esses aspectos psicossociais com a biomecânica? Como fazer essa ponte?
O mais importante é entender que existem não só as avaliações funcionais onde um paciente vai cumprir uma tarefa funcional, mas a gente precisa também nos apropriar dos questionários de percepção subjetiva do paciente, que é um relato do paciente sobre, por exemplo, sua incapacidade.
Então nós temos diversos questionários que podem nos auxiliar no processo, principalmente para escolher os testes funcionais que são mais interessantes.
Por exemplo: Existem alguns questionários de funcionalidade, por exemplo de osteoartrite do joelho, questionários de instabilidade de joelho, questionários sobre incapacidade relacionadas a dor lombar.
Esses questionários nos trazem informações importantes de quais são os movimentos que o paciente tem menos capacidade de performar nas suas atividades diárias e tambem os que ele tem mais receio de executar no seu dia a dia.
A gente tambem tem questionários que são relacionados a o que chamamos de catastrofização do paciente, que são alguns aspectos psicossociais muito relevantes.
Nós tambem temos um outro questionário só de cinesiofobia. Ele nos traz informações de como o paciente se relaciona em relação ao medo do movimento, e isso é fundamental na prática clínica para poder ser assertiva e não gerar de cara, por exemplo, num processo avaliativo, o que a gente chama de backfire.
Backfire é o afastamento; ecolocando um teste que provoca medo e uma sensação de insegurança no paciente.
Então através desse primeiro screening é necessário realizar uma avaliação dos questionários para entender o que podemos usar ou não com esse paciente.
No paceinte com dor crônica, o n=1 é muito importante, obviamente usando a literatura cientifica ao meu favor.
Então é essencial ver quais são os testes que são utilizados hoje em dia com valores normativos em pacientes com determinada dor cronica, o tipo de patologia que ele apresenta.
Depois disso, um screening é realizado através dos questionários para aí sim aplicar um teste funcional de maneira adequada, seguindo o modelo centrado no paciente e respeitando os aspectos psicossociais também.
Atualmente, a Priscilla optou trabalhar com o baiobit, mas por quê?
Primeiro que, por mais que a gente como profissional de educação física, a gente acaba tendo que imergir nas áreas da tecnologia principalmente pela facilidade da coleta de dados, e da apresentação desses dados para o paciente.
O baiobit tem uma coisa muito interessante porque ele já traz os valores normativos desses pacientes.
Imagina que a gente, profssional de educação física, tem que entender que quando vamos escolher um teste, precisamos de valores normativos, precisamos saber aonde esse paciente se enquadra e isso requer uma busca na literatura muito ampla , que ja vem pronto pelo Baiobit.
Isso é um facilitador tremendo nesse processo.