Ana Kleiner, Doutora em Educação Física, explica que quando começou a trabalhar com o Sensor Inercial o G-WALK conseguiu observar melhor os parâmetros espaços temporais da marcha, os quais são considerados importantíssimos para obtermos informações sobre a marcha dos pacientes.
Ainda, ela comenta que tais parâmetros espaço temporais podem ser explorados, de forma mais aprofundada na variabilidade. Ana Kleiner trabalhou muito com Parkinson, doença degenerativa crônica do sistema nervoso central que afeta principalmente a coordenação motora. Por exemplo, com o tipo freezing, que afeta o padrão locomotor e ocasiona o congelamento.
Em observação, nota-se que no freezing o comprimento dos passos vão se reduzindo, ou seja, apresentam uma variabilidade muito alta. Analisando esses dados para a reabilitação em parkinson, nota-se que se o paciente tem passos muito variáveis ele pode tropeçar e cair, pois essa variabilidade pode estar influenciando a sua caminhada. Sendo assim, ocorre uma ausência de controle.
A terapia de parkinson tem o objetivo de melhorar o equilíbrio dinâmico. No entanto, ainda há dúvidas sobre como podemos quantificá-la, pois geralmente quando a marcha é analisada perde-se a variabilidade.
Dessa forma, é necessário observar a quantidade de passos e analisar a simetria de passos, ou seja, pegar o comprimento de maior passo e o comprimento de menor passo, e dividir o menor pelo maior para chegar a um percentual. Esse percentual mostra que quanto maior for o índice, maior será a simetria desse passo, e quanto menor for o índice, mais os passos serão controlados.
Além disso, outra medida de variabilidade é o desvio padrão, que é a dispersão da média. Com a utilização do Sensor Inercial G-WALK pode-se entender que o parâmetro da forma é o desvio padrão, pois ele é significativo para o controle que o paciente tem e por isso tem uma grande importância na avaliação da variabilidade da marcha.