A ortopedia pediátrica é uma área específica dentro da ortopedia que cuida principalmente das crianças, explica a Ortopedista Pediátrica Caroline Panizzon Santini.
Segundo ela, há muito tempo atrás se achava que os tratamentos eram os mesmos, tanto para a ortopedia em crianças, quanto para a ortopedia em adultos, pois consideravam as crianças “adultos pequenos”.
No entanto, com o tempo muitas pesquisas e estudos foram realizados até que concluíram que devido a criança estar em desenvolvimento a sua formação óssea é diferente. Dessa forma, as intervenções têm que ser pensadas de uma forma diferente também.
A ortopedia do adulto trata-se de algo estático, ou seja, é realizado diferentes tratamentos, porém o tecido ósseo muscular não está em crescimento, como nas crianças.
A Doutora Caroline conta que trabalha muito com áreas neuromusculares. Para isso, ela explica que é necessário ter muito entendimento do sistema nervoso central, pois não é simplesmente uma deformidade óssea isolada, há estímulos e repercussões que vem do sistema nervoso central e vão gerar repercussões diferentes, e não apenas uma fratura isolada.
Dessa forma, a ortopedista comenta que na ortopedia tradicional, as questões tratadas são bem mecânicas, já na ortopedia infantil, devido a criança estar em desenvolvimento, deve-se ter um tratamento diferente, pois isso pode trazer algum problema no futuro.
Segundo ela, na ortopedia pediátrica, os tratamentos mais frequentes são problemas congênitos e problemas neuromusculares. Em relação aos problemas congênitos, há o pé torto congênito, por exemplo. Esse problema acontece quando há uma má formação dos tecidos da parte óssea e um mal posicionamento da formação do pé.
Já em relação aos problemas neuromusculares, a criança pode ter um problema neurológico que tem repercussões na parte ósseo muscular. Portanto, é importante tratar isso com cuidado.