Segundo Luanda, quando o treino for promissor para o paciente, e ele estiver obtendo bons resultados, o profissional saberá que esse determinado treino está trazendo melhorias e a velocidade da marcha do paciente irá aumentar. Dessa forma, pode-se usar a TDCS para estimulação, pois ela aumentará esse efeito.
No entanto, se o treinamento motor oferecer um efeito ruim para o paciente, e for utilizado a TDCS, neste caso ela também vai amplificar esse efeito, porém para o lado negativo.
A Doutora explica que essa terapia é um treino motor dependente, e é capaz de facilitar o ambiente cerebral para aumentar o efeito do treino que está sendo executado, sendo ele bom ou ruim.
Isso foi comprovado após ser desenvolvido uma série de ensaios clínicos, os quais foram testados em diferentes tipos de treinos motores e em diferentes áreas de estimulação cerebral.
Neste estudo, dois grupos fizeram o mesmo treino motor, porém um grupo utilizou a estimulação ativa e o outro a estimulação placebo. Assim, observou-se que os dois grupos tiveram efeitos positivos do treino, porém o grupo que recebe a estimulação ativa tem o tamanho de efeito muito maior do que o grupo que recebeu a estimulação placebo. Isso aumentou rapidamente a velocidade da marcha dos pacientes.
Ainda, Luanda explica que normalmente quando se realiza um treino motor intensivo a tendência da criança é começar a perder o efeito se o treino for interrompido. Porém, com o uso da TDCS, pode-se manter os resultados durante o período de acompanhamento.
Dessa forma, ela conclui que com a utilização dessa terapia, além de obter um ganho mais rápido, a criança também terá uma tendência menor a perder o resultado quando o treino for interrompido.