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1. Introdução ao comportamento das pressões plantares e sua distribuição 

A dinâmica estuda o movimento, é exatamente para isso que é realizada a análise dinâmica em baropodometria, para verificar o comportamento das pressões plantares e sua distribuição durante o movimento da marcha.
Para executar uma análise baropodométrica dinâmica de forma correta é necessário tomar alguns cuidados para que os dados coletados durante o exame representem o mais fielmente possível a pisada natural do paciente avaliado.

2. Condições de gravação do movimento (pisada) a ser executado

Antes de executar o exame de forma definitiva é importante ambientar o paciente à situação da análise baropodométrica, realiza-se então a familiarização do movimento (pisada) a ser executado.

Familiarização

É instruído ao paciente que caminhe sobre a plataforma, indo e voltando algumas vezes. É natural que o primeiro contato seja mais cauteloso, com uma pisada sobre a plataforma de forma planejada e não natural, por isso a importância desta preparação inicial. O objetivo é que a pessoa caminhe de forma natural. Aos poucos o paciente tende a adaptar-se com a situação e desenvolver a sua caminhada natural, com velocidade e comprimento do passo habituais. Quando for perceptível que o paciente está confortável com a situação, pode-se prosseguir para a coleta de dados. Também é importante salientar que pacientes com disfunções graves ou com dor poderão não conseguir um período de adaptação adequado, devendo-se levar esta situação em conta.
Além do período de adaptação à rotina de exames outros cuidados são necessários, instruir que o paciente mantenha a velocidade da caminhada constante dentro das diversas pisadas também é importante para obter um padrão de pisadas homogêneas.
A distância entre o ponto de partida da caminhada do paciente até o contato com plataforma de baropodometria deve respeitar um limite mínimo, garantindo assim que quando o paciente desenvolver a pisada sobre a plataforma esteja no ritmo de sua caminhada natural. Uma distância de três a quatro passos do paciente entre o início da caminhada e o contato com a plataforma já é suficiente para atender à estas condições.

3. Após a coleta dinâmica das pressões plantares

Com as condições iniciais definidas procede-se para a coleta dinâmica das pressões plantares. É aconselhado que sejam coletadas no mínimo três pisadas com cada um dos pés. A aquisição de múltiplos passos em uma mesma coleta do mesmo paciente é de fundamental importância pois com ela pode-se, além de obter a média das pisadas e consequentemente informações sobre o passo característico do paciente, observar individualmente cada uma das pisadas desenvolvidas durante o exame dinâmico, identificando assim diferentes padrões que caracterizam a pisada do paciente, tais como:

  • Distribuição das pressões ao longo da pisada;
  • Localização dos picos de pressão ao longo da pisada;
  • Região do pé que faz o primeiro contato com a plataforma;
  • Identificação das diferentes fases da pisada;
  • Progressão do COP do pé.

Veja o vídeo de uma coleta.