Em relação aos primeiros passos para a análise de marcha atualmente, como podemos começar?
Antes de usarmos tecnologias robustas, primeiro precisamos montar o primeiro set up de coleta: o famoso teste de 6 minutos.
É um teste proveitoso que fornece informações muito importantes sobre o desenvolvimento funcional, reabilitação e condicionamento.
Funciona da seguinte maneira: dois cones são posicionados, e o paciente dá voltas em torno desses cones por uma duração de 6 minutos.É preciso ter em torno de 2 metros pra pessoa dar volta nos cones
Se o paciente caminha em velocidade confortável – é medida a capacidade de habilidade da marcha.
Se o paciente caminha em velocidade máxima – é medida a informação de recondicionamento.
Também podemos ter uma câmera filmando o percurso da marcha, para medir variáveis espaço-temporais. Esse é o primeiro passo para quem quer trabalhar com marcha e reabilitação.
Filmando de 1 a 2 minutos a partir do momento central do teste (3 minutos), podemos estimar a velocidade da marcha e a cadência do paciente.
Velocidade – Nos dá subsídios sobre o condicionamento do paciente, além de capacidades morfológicas (amplitude de movimento, forças).
Cadência – Nos dá subsídios sobre a capacidade coordenativa neural, além de equilíbrio, coordenação, ritmo, etc.
Dependendo dos dados obtidos, podemos focar no que o paciente realmente necessita, utilizando todas as ferramentas e associando com as informações dos testes.
Guilherme Brodt é professor da Universidade de Caxias do Sul e biomecanicista no laboratório de análise de marcha. Ele trabalha com avaliação de marcha, corrida e saltos, utilizando tecnologias biomecânicas para diagnóstico. Além disso é empresário, trabalhando com consultorias na área da biomecânica.