Segundo o Doutor e Biomecanicista Guilherme Brodt, para a redução de fatores de risco na corrida algumas estratégias são testadas. No entanto, a simples diminuição do comprimento da passada e do aumento da cadência podem causar uma redução de alguns dos principais determinantes de lesão e desempenho da corrida.
O Biomecanicista comenta que com a diminuição de 15% do comprimento da passada e alteração da cadência, há a diminuição de aproximadamente 5 graus do valgo dinâmico. Além disso, o aumento da cadência é capaz de reduzir o impacto sobre as articulações. É possível observar que uma variável espaço temporal tão simples de ser observada consegue diminuir em até 4 kg a quantidade de força que chega nas articulações do atleta durante a corrida.
Ainda, o tempo de contato com o solo reduz também em até 20%, podendo ir de 0,25 para 0,2 segundos. Guilherme afirma que com essa redução de contato com o solo, há uma melhora na capacidade de econômia de energia. Dessa forma, a interação com o solo melhora simplesmente aumentando a cadência.
Em relação a esse estudo, os principais conhecimentos obtidos são referentes à utilização de instrumentos para a medição da cadência, como por exemplo o uso de metrônomos para incentivar a alteração da cadência quando a corrida não está saudável, ou seja, quando o paciente apresenta algum tipo de dor.
Segundo o Doutor, mais importante do que tentar alterar a cadência em um ambiente controlado, com um metrônomo em uma esteira por exemplo, é tentar levar isso para um ambiente ecológico.
Isso pode ser realizado com a aplicação do Sensor Inercial G-WALK, equipamento que permite medir a cadência do atleta até mesmo na pista de corrida. Essa transposição é considerada muito importante, pois nem sempre a técnica de corrida utilizada na esteira é a mesma que se faz na pista de corrida.