Conforme o Biomecanicista Guilherme Brodt, dentro da área da ciência do movimento, o comprimento, a cadência e a largura do passo estão muito relacionados com questões cinesiológicas e anatômicas, ou seja, se relacionam com a amplitude do movimento e a força. Por exemplo, para saber o comprimento de passo, dependemos de questões como o alongamento dos músculos.
Quando buscamos saber quantos passos é possível dar dentro de um minuto, chamamos isso de cadência. Já a largura do passo pode ser entendida como a distância de uma perna e de outra, no sentido látero lateral, ou seja, o tamanho da base.
Ainda, a velocidade, medida hoje em centímetros por segundo (cm/s), ou metros por segundo (m/s), é o tempo que a pessoa demora para percorrer uma determinada distância em um determinado período de tempo. Hoje já é possível medir vários desses aspectos de uma forma muito mais simples, com o cronômetro.
Além disso, a variabilidade é o desvio padrão e a cadência. O desvio padrão de cada uma dessas variáveis, da velocidade, do comprimento, da largura e a cadência, depende muito de questões neurológicas. Quando tratamos de questões neurológicas relacionadas ao movimento, estamos falando de coordenação motora, como o equilíbrio e a capacidade de controlar o novo movimento. Isso pode ser chamado de consistência do controle motor, para saber o quão inconsistente ou consistente é o movimento.
Guilherme ainda comenta que o desvio padrão é quando se tem uma velocidade de 1m/s. Se houver uma velocidade que varia enquanto caminhamos, teremos uma variabilidade de marcha muito grande, por exemplo, num percurso de 10 metros, será percorrido ora a 1m/s, ora a 1,2 m/s, ou 0,8m/s. Quando isso ocorre, o indivíduo tem uma marcha inconsistente, pois o controle motor estará afetado.
Dessa forma, podemos até ter questões morfológicas e anatômicas saudáveis, como uma boa força, uma boa amplitude do movimento ou flexibilidade, no entanto, o controle motor está com algum tipo de déficit que precisa ser medicado.
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